quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Comunidade e empresários pedem infra-estrutura para o centro urbano de Samambaia

Na década de oitenta, com a implantação de Samambaia, se deu início à segunda geração de cidades do Distrito Federal, destinadas a assentar o excedente populacional da região. A princípio os moradores eram discriminados por serem “oriundos de invasões e fundo de quintais”. Contudo esse quadro mudou e atrai novos olhares.

Cidade planejada, Samambaia surpreende pela rápida evolução e soluções urbanas inovadoras. Já sem espaço em Águas Claras, construtoras migram para cá trazendo enormes arranha-céus. Em pouco tempo Ceilândia se liga a Samambaia, que se liga ao Recanto das Emas, numa larga avenida. Comércio e indústria crescem e se fortalecem. Educação, cultura, meio ambiente e qualidade de vida entram na pauta.

O momento é oportuno para tomar medidas acertadas. Promover a ocupação racional do Centro Urbano de Samambaia consolida um modelo urbanístico para o Brasil e o mundo. Por isso moradores e empresários solicitam do GDF a implantação imediata da infra-estrutura, para conforto e segurança desse ambiente nevrálgico da cidade.

Centro Urbano
Samambaia começou ser povoada pelas quadras norte/par, posteriormente sul/par e finalmente as quadras ímpares. O centro urbano ainda se encontra praticamente vazio. Só em 2007 a Terracap passou a licitar terrenos nessa área os quais, mesmo muito valorizados, são rapidamente adquiridos. Nas imediações da estação central do metrô, quadra 102, já funciona a Distribuidora de Bebidas Rio Preto. Ali a MB Engenharia lança base de grandioso complexo residencial.

Na quadra 302, onde era a sede da Administração Regional, está a estação da Caesb. Próximo dali a Castelo Forte Materiais para Construção construiu sua nova loja. Abaixo se encontra o Fórum e o Ministério Público. Na quadra 301 tem o estádio Rorizão, em torno do qual funcionará um complexo esportivo. Por ali se implantará o complexo cultural, com teatro e anfiteatro para grandes espetáculos a céu aberto. Na quadra 101 uma placa indica futura instalação do SESC. Nas quadras 201 e 202 existe a Feira Permanente, carente de melhorias.

Apesar dos muitos lotes vendidos à iniciativa privada ou reservados às obras públicas, o local ainda está praticamente vazio e sem infra-estrutura, o que gera desconforto, insegurança e retarda o desenvolvimento. Entre as obras urgentes solicitadas está a pavimentação e iluminação da pista interna das quadras 102 e 302, que liga a estação do metrô ao fórum, às margens da qual haverá inúmeros investimentos comerciais, institucionais, residenciais e de serviços.

Desenvolvimento humano
Em manifesto e abaixo assinado realizado em 2007, a Associação Comercial e Industrial de Samambaia - ACIS propõem a “ocupação racional do centro urbano, tendo em vista o desenvolvimento social, econômico, cultural e ambiental equilibrado, a fim de elevar o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH do Distrito Federal”. Os idealizadores querem o desenvolvimento sustentável e equilibrado, que concilie espaços residenciais, comerciais, de serviços, lazer, esporte, cultura, praças, paisagismo, arborização, vias de acesso, estacionamentos, educação/formação, segurança, saúde, etc. Foram entregues cópias desse documento ao administrador José Luiz Naves, a parlamentares e ao governador José Roberto Arruda, que manifestam interesse.
O que se quer, de modo geral, é uma cidade humanizada, confortável, economicamente sustentável, acessível, limpa e linda. Uma cidade que faça jus aos prêmios internacionais obtidos pelo sucesso no assentamento populacional. Que atraia investimentos dignos e coerentes com seus ideais, para o bem estar e orgulho dessa e das futuras gerações. O centro urbano é parte estratégica desse propósito.
Mesmo vazio, o centro urbano é muito freqüentado pela comunidade em eventos.

Com a ocupação definitiva da área, eventos como a Paixão Cristo Negro, Férias com arte, Circuito quadrilhas, Corrida de rua, Festival de música passarão a ocorrer nos Complexos Esportivo e Cultural de Samambaia.

Reportagem original de Élton Skartazini, publicada em http://skartazini.com.br/reportagens/reportagem_01.php .

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